Se nos anos 60 a geração de cineastas jovens foram conhecidos com o slogam: “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, hoje, poderia ser dado a atual geração de empreendedores o seguinte slogam: “um computador na mão e uma ideia na cabeça”.
Os primeiros criaram uma nova forma de fazer e pensar cinema no Brasil e na América Latina, os segundos resignificam as relações atuais de trabalho. Isso porque tanto no Brasil como nos outros países, jovens nascidos após os anos 80 (a famosa geração Y) estão inovando a maneira de pensar e realizar empreendimentos.
Para os novos empreendedores, o conhecimento pode ser materializado em soluções vinculadas à tecnologia e ao trabalho em rede. E este conjunto quando bem realizado forma um bem material e cultural que rende muitos dividendos. Não é atoa que jovens idealizadores de aplicativos (app) para facebook são os mais novos milionários. Instagram. Buffer. São alguns empreendimentos idealizados e gestados por jovens desta geração.
Há negócios que também se iniciam no Facebook. Um exemplo é do site Carreira Y, que os sócios se conheceram em um grupo de debate da rede social (leia mais sobre o site logo a seguir).
Em hotelaria, é crescente o número de jovens ocupando média e alta chefia. São pessoas com uma capacidade impressionante de solucionar problemas do dia a dia hoteleiro e uma rapidez para perceber que a qualificação profissional está vinculada à prática e as relações horizontais de trabalho. Atuam e formam equipes em trabalhos colaborativos.
Você deve estar se perguntando: será que é tão maravilhosa a Geração Y, não há problemas ou conflitos?
Há muitos problemas e conflitos, como em qualquer geração de qualquer época e sociedade. A nova geração traz soluções tecnológicas e relacionais. Porém, o mercado de trabalho é algo dinâmico e necessita de muitas gerações e formas de pensar.
Abaixo comentamos alguns problemas e conflitos e apontamos alguns caminhos.
Um dos principais problemas, já apontados por especialistas, é a dificuldades dos nascidos nos 80 e 90 de serem reconhecidos como profissionais capazes de estar no mercado de trabalho em posições de destaque.
As pessoas de outras gerações, em especial a que antecede a Y que seria a Geração X, não compreendem a maneira de agir dos jovens. Os mais maduros acreditam que os jovens são irresponsáveis e não levam o cotidiano de trabalho à sério. Os mais experientes também afirmam que os jovens não compreendem as regras do jogo e sempre querem subverte-las.
O novo profissional, que chega sedento por compartilhar e empreender se encontra como o profissional mais experiente que constrói um caminho aos poucos, passo a passo e de forma linear.
Nenhum dos dois está equivocado. O contexto é complexo. Se, por um lado, os jovens estão capacitados, completamente inseridos nas inovações atuais, com muita vontade de realizar, muito estudo e MBAs. De outro lado, muitas vezes lhes faltam inteligência emocional e a experiência de ter passado por várias etapas de trabalho.
Já, os mais experientes temem perder a direção das empresas. Eles sentem-se inseguros e vítimas da situação, acham que perderão facilmente seus empregos.
E, caso a situação não seja analisada objetivamente, percebendo que ambos, Y e X, são essenciais para uma empresa: os conflitos geracionais podem se agravar e o ambiente de trabalho tornar-se insuportável.
E aqui, pedimos pausa e cuidado: conflitos geracionais sempre existiram. Porém, antigamente as pessoas iniciavam no mercado de trabalho como aprendiz e demoravam longos anos para alcançar cargos de chefia e postos de destaque. Hoje em dia é comum jovens chefiarem pessoas experientes. Isso é fato.
Entretanto, não significa que a experiência deva ser descartada e os jovens devam dominar tudo. As rusgas geracionais, quando alimentadas, não fazem com que se perceba que a diversidade constrói uma equipe e as diferenças, quando tratadas de forma responsável, saudável e com profissionalismo, tornam as empresas mais produtivas e interessantes e os profissionais muito mais eficientes e eficazes.
Fica a lição: o mercado de trabalho feito de pessoas com o mesmo perfil não é competitivo e dinâmico, pense nisso!
O Carreira Y
Um site no qual os jovens profissionais da geração pudessem ter acesso a conteúdos direcionados para a sua carreira.
Os sócios se conheceram no Facebook, em um grupo de debate.
A missão do Carreira Y em sua essência é “fornecer conteúdo online que oriente, instigue e prepare os profissionais da geração Y”; mas com o tempo ele se tornou muito mais que isso, hoje ele é um site que busca a diversidade no conteúdo publicado de modo a orientar e preparar profissionais de diversas gerações, pois na essência todos tem um pouco de “Y”.
Confira o site.